9 dicas essenciais para cuidar dos fios no verão


Durante as festas de fim de ano e as férias de verão, o cabelo enfrenta um período de maior exposição a fatores que comprometem sua estrutura. A combinação entre sol intenso, umidade elevada, contato frequente com sal e cloro, suor excessivo e uso recorrente de ferramentas de calor costuma resultar, já nas primeiras semanas do ano, em fios mais ressecados, quebradiços, opacos e com frizz acentuado.

Segundo a tricologista e terapeuta capilar Letícia Motta, é no verão que ocorre a maior perda de água, lipídeos e proteínas da fibra capilar. De acordo com ela, todos os processos de degradação do fio se aceleram nessa estação, o que torna os danos mais rápidos e visíveis. A especialista explica que a radiação ultravioleta degrada os pigmentos do cabelo, enquanto as altas temperaturas removem os lipídeos naturais que garantem proteção e maciez. O sal do mar tende a cristalizar sobre o fio, deixando-o rígido, e o cloro da piscina atua como um agente oxidante, afetando proteínas essenciais.

Esse conjunto de agressões faz com que o cabelo perca estrutura, fique áspero ao toque e mais suscetível à quebra. Além da fibra capilar, o couro cabeludo também sofre com o excesso de sol, suor e resíduos químicos, podendo apresentar oleosidade desregulada, irritação, descamação e sensibilidade.

Letícia Motta explica que mar e piscina provocam danos distintos. No caso da água salgada, o processo de desidratação ocorre por osmose, enquanto o sal cristalizado contribui para o enrijecimento do fio e acelera o desbotamento quando combinado com a radiação solar. Já o cloro presente nas piscinas provoca oxidação, degradando lipídeos e proteínas, e pode alterar a cor, especialmente em cabelos loiros, que tendem a adquirir um tom esverdeado.

A especialista ressalta que a prevenção deve começar antes mesmo do mergulho. Molhar o cabelo com água doce reduz a absorção de sal e cloro, já que o fio se comporta como uma esponja. A aplicação de leave-in ou creme com proteção solar ajuda a criar uma barreira adicional, enquanto prender os fios em coques ou tranças diminui o atrito e a exposição direta.

Após a exposição ao mar ou à piscina, o ideal é enxaguar o cabelo o quanto antes para remover resíduos, mesmo que seja com uma pequena quantidade de água. A higienização com shampoo suave e o uso frequente de máscaras hidratantes e reconstrutoras tornam-se ainda mais relevantes no verão, período em que a perda de água e proteínas é intensificada. Segundo Letícia, em situações de exposição diária, o uso de máscara com maior frequência pode trazer benefícios reais à saúde dos fios.

O calendário de festas também contribui para o aumento do uso de secador, chapinha e babyliss, o que pode agravar ainda mais os danos. A tricologista alerta que aplicar calor excessivo em fios ressecados ou úmidos compromete de forma significativa a estrutura capilar. Temperaturas elevadas, especialmente acima de 200 graus, podem causar danos irreversíveis à parte interna do fio, sobretudo quando não há o uso de protetor térmico.

De acordo com a especialista, produtos com proteção térmica e solar são fundamentais durante o verão. Eles auxiliam na redução da perda hídrica, preservam a queratina e ajudam a evitar o desbotamento e a oxidação da cor, sendo especialmente importantes para cabelos coloridos ou quimicamente tratados. Fios descoloridos ou alisados, que já apresentam estrutura fragilizada, exigem atenção redobrada, com hidratação constante, reposição de proteínas e redução da exposição a fontes de calor.

Para quem viaja e busca praticidade, Letícia Motta recomenda uma rotina enxuta, mas consistente, baseada em produtos essenciais que garantam limpeza, proteção e reposição de nutrientes. Ela destaca que a aplicação diária de protetor solar capilar reduz grande parte dos danos típicos do período de férias.

O couro cabeludo, muitas vezes negligenciado, também merece cuidados específicos no verão. A exposição direta ao sol pode causar inflamação, enquanto suor, sal e cloro contribuem para irritação e descamação. A especialista reforça a importância da proteção com chapéus ou bonés, ressaltando que viseiras não oferecem cobertura adequada à raiz.

Quando os fios deixam de responder aos cuidados básicos e passam a apresentar sinais como quebra excessiva, elasticidade alterada, embaraço constante, desbotamento intenso ou desconforto no couro cabeludo, a recomendação é buscar avaliação profissional. Segundo Letícia, quando o dano ultrapassa a capacidade de autorrecuperação do cabelo, apenas um tratamento personalizado consegue reverter o quadro.



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