Assédio masculino afasta mulheres do Carnaval de rua

Homens foram maioria nos blocos da Vila Madalena e a culpa é do assédio

Pesquisa feita a pedido da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo apontou que os homens, de 18 a 24 anos, foram maioria no Carnaval de rua da Vila Madalena, na Zona Oeste de São Paulo. Segundo o levantamento, eles não moram no bairro, chegaram de transporte público e nunca haviam participado de Carnavais de rua. Eles também não foram para nenhum conjunto específico, mas só para a Vila, bairro escolhido por 39% “porque o lugar é badalado”. Aliás, 40% disseram que foram à Vila “para escoltar amigos”.

É preciso considerar alguns fatores na estudo dos dados dessa pesquisa. Primeiro, tem muito conjunto de Carnaval gay, que atrai muitos homens que curtem homens. tanto, faz todo o sentido ter mais rapazes na rua. O levantamento mostra que, ao todo, 56% são homens e 52% do público tem entre 18 e 24 anos.

Deixando de lado esse ponto, uma coisa é certa: essa presença maciça de machos à solta afastou as garotas. Casos de assédio, porquê o ocorrido no bar Quitandinha, ganharam repercussão e não foram poucos os relatos de atitudes desrespeitosas, o que certamente serviu para reduzir a presença feminina no Carnaval da Vila. Soma-se a isso o resultado infame de uma pesquisa, segundo a qual 49% dos homens disseram que conjunto de Carnaval não é lugar de “mulher direita”, o que revela a predisposição dessa rapaziada de ir pro conjunto a término de azucrinar as meninas.

Se os caras acreditam que no Carnaval tudo pode, que mulher que está no conjunto tem de admitir cantada, que não pode reclamar se for beijada à força, que está ali para ser assediada, é óbvio que vão agir de forma agressiva. E o resultado é esse: uma maioria masculina procura de presas. Pelo jeito, a resposta das meninas veio nos números. Elas sumiram dos blocos. O recado que fica é levante: ou os caras aprendem a respeitar o recta delas de divertir o Carnaval silêncio, ou vão finalizar tendo só companhias masculinas ao volta.

As meninas não deveriam se amedrontar, mas, infelizmente, fica difícil lutar contra essa turba da testosterona briagada e disposta a lucrar mulher no grito. Rapazes, melhorem. Quem sabe as gurias voltam?

 

 

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