Dia Nacional do Homem: porto-alegrenses estão entre os que mais frequentam o urologista, mas desconhecem a andropausa

Hoje, dia 15 de julho, é celebrado o Dia Nacional do Homem, que é também uma data de conscientização sobre doenças que atingem exclusivamente o público masculino. Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), os homens de to Alegre estão entre os mais preocupados com sua saúde sexual entre as cidades de o estudo foi realizado. Os dados apontam que 56% dos homens da capital gaúcha se consulta com um urologista, enquanto a média nacional é de 51%. Em contrapartida, uma pesquisa do Datafolha apontou que quanto mais velhos os homens, menores são as preocupações com sintomas decorrentes do avanço da idade como andropausa.

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Divulgada nesta terça-feira, o estudo do Datafolha mostrou que 52% dos brasileiros entre 40 e 49 anos demonstram ter alto nível de preocupação com a andropausa. Já entre os homens com mais de 60 anos, 47% se dizem pouco preocupados com essa deficiência, apesar de 27% reconhecerem si mesmos de três a quatro sintomas. A andropausa, ou hipogonadimo masculino tardio, é uma redução gradual dos níveis da testosterona, principal hormônio sexual masculino, que acompanha o envelhecimento do homem. Em to Alegre, apenas 25% deles já ouviu falar do assunto e 9% conhece os sintomas do problema que pode ocasionar a tão temida impotência sexual.

– Essa condição pode reduzir significativamente a qualidade de vida do homem, muitas vezes com comprometimento das atividades profissionais e sociais – comenta o urologista Geraldo Faria, diretor do Instituto de Urologia e Nefrologia de Rio Claro.

Os sintomas característicos desse distúrbio são falta de energia, dificuldades de ereção, diminuição do desejo sexual, alteração de humor, diminuição de massa magra, perda de pelos no corpo, distúrbios de sono e aumento de gordura abdominal. A prevalência desta disfunção aumenta a partir da sexta década da vida, chegando a acometer de 10 a 30% dos homens até os 79 anos. Com a maior expectativa de vida da população brasileira, o problema tornou-se mais prevalecente.

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Quando questionados sobre as razões pelas quais pode ocorrer queda nos níveis de testosterona, a falta de conhecimento persiste. Segundo 51% dos homens ouvidos, o problema está ligado ao excesso de trabalho e estresse do dia a dia e 39% acredita na relação com problemas ocionais e psicológicos. Nenhum deles citou que são as mudanças nos níveis hormonais que podem ocasionar a andropausa.

– É extremamente importante os homens visitarem um médico regularmente. Muitos sintomas não se manifestam prontamente e podem desencadear doenças mais graves. Dessa forma, há a possibilidade de uma detecção precoce e indicação do devido tratamento, evitando qualquer impacto na qualidade de vida do paciente – alerta o urologista . Carlos Corradi, presidente nacional da SBU.

Para 68% dos entrevistados, o mau desempenho na #8220;hora H” prejudica o relacionamento com a parceira, enquanto 29% tem a autoestima mais afetada. No entanto, a performance sexual está muito mais ligada ao receio de não ter ereção (73%) e não sentir mais prazer (24%) do que não satisfazer a parceira (3%).

– A obesidade e o diabetes somados à hipertensão e ao sedentarismo podem desencadear doenças cardiovasculares entre outros problemas de saúde, afetando a vida sexual dos homens – alerta o médico Roni de Carvalho Fernandes, presidente da SBU-SP e professor Assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Um dado preocupante da pesquisa é sobre o uso recreativo ou sem prescrição de medicamentos para disfunção erétil: 88% dos entrevistados que utiliza essas substâncias o faz por meio da automedicação, recomendada por amigos, na farmácia ou por meio de informações encontradas na internet.

O Dia Nacional do Homem: porto-alegrenses estão entre os que mais frequentam o urologista, mas desconhecem a andropausa Donna.

Fonte: Donna