Fake news de coronavírus fazem vítimas em Salvador: “Isto é muito sério” – Varela Notícias


Anderson Ramos
redacao@varelanoticias.com.br

Recém-chegada da França, Élen Santos , de 24 anos, não esperava que fosse ser alvo do falatório maldoso de vizinhos. A volta para casa após um procedimento estético com sua irmã gêmea Elaine, na semana passada, foi o suficiente para que as duas caíssem na boca do povo. As pessoas acabaram assimilando os dois casos confirmados de coronavírus (Covid-19) na Santa Cruz como sendo das irmãs. Na última atualização divulgada pela Secretária Municipal de Saúde (SMS), nesta sexta-feira (17), o bairro continua com o mesmo número de casos.

Élen ficou sabendo que era vítima de fake News depois que recebeu diversas mensagens através do Whats App e na sua conta do Instagram e ficou revoltada. “Nos viram com roupa pós-operatória e logo em seguida começaram as fofocas. São pessoas que queriam saber o que a gente tinha feito e saíram espalhando para a rua, um falando pro outro e virou uma bola de neve. Ficamos preocupadas com algum tipo de represália”, relata Elen.

A fofoca chegou a tal ponto, que o mal entendido só foi desfeito depois que ela conseguiu entrar em contato com o site de comunicação comunitária Nordeste Eu Sou, que esclareceu a situação para os moradores do bairro.

Situação parecida passou a filha de um aposentado de 75 anos, no IAPI. Sem querer se identificar, ela relatou ao Varela Notícias que inventaram uma notícia falsa com o seu pai, como se ele fosse um dos dois infectados pelo Covid-19 do bairro.

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Foto: Reprodução

Ela disse que nesta semana o pai precisou ir até o médico por conta de uma crise de labirintite. Isso foi o bastante para que a mentira circulasse com o nome dele. A mulher diz que soube da situação através de um vizinho, que mostrou uma foto do pai que circulava em grupos de Whats App.

“Isso é muito sério! Assim com foi isso, poderia ser outra coisa. Meu medo era de que se ele saísse, chegassem ao ponto de agredir ele. Fiquei bastante chateada e preocupada”, disse a filha. Ela ainda informa que a família ainda não contou a ele o que está acontecendo por não saber qual vai ser a reação. “Não consegui descobrir ainda quem foi, mas nossa intenção é denunciar”, completa.

Para o advogado Davi Vilas Boas, os dois casos são passíveis de denúncia e podem gerar processo. “Em ambos os casos a orientação é a mesma: prestar ocorrência policial na Delegacia mais próxima e pedir indenização por danos morais, que pode ser feito nos Juizados Especiais, antiga Pequenas Causas”. Fica o alerta.

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