Após 5 dias intubada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Santa Felícia, em São Carlos (SP), Ivana Bullo, de 54 anos, conseguiu transferência para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que trata pacientes com Covid-19.
Aflita, a família chegou a fazer diversos apelos nas redes sociais em busca da vaga para a mulher.
“Conseguimos transferência para minha mãe. Obrigado a todos que ajudaram, vamos continuar em oração para que Deus restabeleça a saúde dela”, postou a filha, Mellina Augustinho.
Adriana Vieira, de 44 anos, aguarda vaga de UTI para ser transferida em São Carlos — Foto: Arquivo Pessoal
Adriana Vieira, de 44 anos, aguarda vaga de UTI para ser transferida em São Carlos — Foto: Arquivo Pessoal
Infelizmente, esta não é a mesma realidade de Adriana Vieira, de 44 anos, que, desde a terça-feira (22), está intubada em um leito de estabilização na UPA do Cidade Aracy enquanto aguarda um leito de UTI via Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), administrada pelo Governo do Estado.
“Não estamos mais aguentando essa angústia. Não estou comendo, não estou dormindo. Quero logo um leito pra ela, pra pelo menos ter a chance de lutar pela vida, porque eu sei que tentei de tudo!”, declarou a filha da mulher, Aruana Vieira.
De acordo com a prefeitura, além de Adriana, outras 10 pessoas estavam sendo atendidas em leitos de estabilização enquanto aguardam transferência para hospitais públicos.
Foto mostra paciente intubado em UTI montada para atender pacientes com Covid-19 — Foto: Miguel Schincariol / AFP
Foto mostra paciente intubado em UTI montada para atender pacientes com Covid-19 — Foto: Miguel Schincariol / AFP
Nesta quinta, o G1 procurou a Secretária de Estado de Saúde e foi informado que o cadastro de Adriana havia sido encerrado pelo serviço de origem, no caso, a UPA do Cidade Aracy.
Por outro lado, a Prefeitura de São Carlos informou que a paciente permanece cadastrada na Cross e que, inicialmente, ofereceu vaga em Descalvado, porém, como o caso é grave e requer leito de UTI, retornou o cadastro para o sistema.
Questionada novamente pelo G1, a secretaria informou que a regulação da paciente estava sob o domínio da Prefeitura de Descalvado e que a administração municipal era a responsável por encontrar uma vaga para a mulher.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Descalvado informou que a regulação da vaga não era da competência deles, mas sim, da Cross e que não havia regulação por parte da administração municipal.
No terceiro contato com a secretaria, a reportagem foi informada que a ficha de Adriana estava sob responsabilidade deles e que a Cross estava auxiliando na busca de vagas de UTI para a paciente, que possui hipertensão e obesidade.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que nenhuma negativa de vaga parte da Cross, que é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência e funciona 24 horas por dia. Disse ainda que a ativação de novos leitos não é prerrogativa exclusiva do Estado, mas também da União e das prefeituras.
“Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso. O deslocamento de pacientes a outros serviços de saúde requer quadro clínico favorável, com base em avaliação médica, e estabilização do paciente – que é de responsabilidade do serviço de origem. Portanto, não depende somente da disponibilidade de vagas”, disse em nota.
A pasta informou ainda que vem trabalhando para garantir assistência à população e combater a pandemia e mantém diálogo com os municípios de todas as regiões para medidas e ações de fortalecimento da assistência. “Durante a pandemia, a Secretaria triplicou o número de UTIs no SUS de SP, saltando de 3,5 mil para mais de 10 mil. Só na região de Araraquara, o salto foi de 72 para 182 leitos de UTI, e de 486 para 694 clínicos. Além disso, desde o ano passado o Estado já repassou à região aproximadamente R$ 17,4 milhões para combate à pandemia”.
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