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Mulher viaja em segredo à Suíça e realiza suicídio assistido


Mulher viaja em segredo à Suíça e realiza suicídio assistido
Reprodução/Facebook

Mulher viaja em segredo à Suíça e realiza suicídio assistido

O caso de Maureen Slough, de 58 anos, gerou forte comoção na Irlanda. A mulher disse à família que passaria férias na Lituânia, em julho, mas, na realidade, embarcou sozinha para a  Suíça com outro propósito: realizar o suicídio assistido, prática legal no país desde os anos 1940.

*Esta reportagem aborda temas relacionados a suicídio, que podem causar desconforto. Se você estiver passando por um momento difícil, procure ajuda. No Brasil, o CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece atendimento gratuito e sigiloso 24 horas por dia, pelo telefone 188

Apesar do sigilo, dois amigos ficaram sabendo da decisão. Um deles acabou alertando a filha de Maureen, Megan Royal.

“Ele simplesmente mandou: ‘Sua mãe está na Suíça. Você tem o direito de saber. Jurei segredo. Ela está lá e quer o suicídio assistido’. Eu fiquei em pânico”, relatou Megan ao jornal Irish Independent.

Últimos contatos e despedida

Durante suas horas finais, Maureen trocou mensagens com pessoas próximas. Em um dos textos, revelou a dimensão de seu sofrimento.

Sem conseguir contato direto com a mãe, Megan acionou o pai para tentar entender a situação. No dia seguinte, porém, recebeu uma notificação pelo WhatsApp: a mãe havia morrido.

“O mais duro foi ler que, além da confirmação da morte, me avisaram que as cinzas seriam enviadas pelo correio em até oito semanas. Estava sozinha, com meu bebê nos braços, e senti que meu mundo tinha acabado” , contou.

Segundo ela, a mensagem foi enviada pela Pegasos, organização  suíça especializada em assistência à morte.

A família também descobriu que Maureen havia desembolsado cerca de £13 mil (aproximadamente R$ 95 mil) para custear o processo.

Histórico de saúde mental

Descrita como uma mulher “inteligente, dedicada e cheia de energia”, Maureen convivia há anos com transtornos psicológicos. Já havia tentado se matar em outras ocasiões e enfrentava dificuldades para lidar com a perda precoce das duas irmãs mais novas.

Mesmo assim, a filha acredita que a mãe não deveria ter seguido adiante com a decisão.

“Ela sentia dor, ninguém nega isso. Mas não era algo suficiente para acabar com a vida. Tinha muito pela frente, muito a dar. Não estava em estado terminal nem doente o bastante para nos deixar desse jeito”, lamentou Megan.

Divergências sobre o processo

A Pegasos, entidade responsável pelo procedimento, declarou ao Irish Independent que Maureen foi submetida a uma avaliação completa, incluindo parecer psiquiátrico independente, e que foi considerada plenamente capaz de decidir.

A organização também afirmou ter recebido uma carta assinada pela filha, reconhecendo a decisão da mãe. Megan, no entanto, contesta. Segundo ela, o documento nunca partiu de seu e-mail.

“Tudo é muito confuso. Acredito que minha mãe tenha se passado por mim nessa comunicação. Não faz sentido que um processo tão sério seja validado só por e-mail. Estamos falando de uma vida prestes a acabar”, criticou.



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