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‘Não me sentiria feliz em fazer cenas de nudez’, diz Giovanna Antonelli

Giovanna Antonelli é o tipo de entrevistada que a coluna adora porque responde a qualquer pergunta de maneira sincera. Na entrevista a seguir, a intérprete de Atena de ‘A Regra do Jogo’ fala sobre a novela que termina esta semana, conta como cria os filhos, conversa sobre sua relação com o marido, o diretor Leonardo Nogueira, e admite que se sentiria desconfortável em cenas de nudez.

giovannaantonelli

A coluna é fã de carteirinha de Amora Mautner. Ela é intensa e vou ter que usar uma palavra clichê entre os atores: ‘visceral’. E dizem que o jeito de falar da Atena lembra um pouco a Amora. Isso procede?

Sou apaixonada pela Amora e ela foi uma inspiração pra mim. Sem dúvida. Além disso, foi parceira, cúmplice, trocamos nesses oito meses ideias e vontade de realizar! Me identifico com essa intensidade dela. Ela ama dirigir ator. É bonito de ver e viver.

Carminha, a vila de João Emanuel em ‘Avenida Brasil’, era engraçada, mas totalmente odiável. Posso até mostrar um certo desvio de caráter ao falar isso, mas eu não acho a Atena tão ruim quanto a Carminha. Você já comparou as duas vilãs do autor?

Acho que histórias e personagens são únicos e incomparáveis. Até porque o ser humano é único. A intenção de quem conta uma nova história não é repetir, assim como a de quem a interpreta. Procuro me reinventar e trazer o novo sempre. Para mim e para o público. Ganhei esta mulher amoral, cheia de ‘tintas’ e bastante humor que é a Atena, e me diverti muuuuito fazendo. Sem dúvida, ela me tirou da zona de conforto.

Se eu não me engano, você já fez novelas de todos os grandes autores da TV. Isso foi pensado, foi uma estratégia sua ter diferentes obras no currículo?

Gosto de trabalhar. Criar. Realizar. Estou sempre disposta e disponível! Para todos! Tenho muita admiração por tantos que já trabalhei, outros que ainda quero trabalhar. E os que a gente, às vezes, tem a oportunidade de reencontrar. Uma alegria. Gosto da arte. Não importa o papel. Tem desafio, melhor ainda. Não tenho medo de errar, gosto mesmo de me jogar nessa aventura que é fazer uma novela.

Na sua vida pessoal eu não vejo você fazendo parte de ‘panelinhas’, sem sentido pejorativo nisso. Você não anda com grupos de artistas, mas ao mesmo tempo sempre é bem aceita. Você sempre foi assim?

Eu gosto mesmo é de gente. Tem muita gente que amo bastante no meio, gente que gostaria de conviver mais. Curto os momentos quando encontro pessoas que gosto. Ate porque, sendo clichê, a vida é feita de momentos e eu os aproveito bastante. Ando em qualquer grupo e adoro agregar pessoas. De qualquer área. Tenho muitos amigos que cativo e cultivo de todas as profissões. Amigos são preciosos.

Você é uma das principais garotas-propagandas do mercado publicitário brasileiro. Deixando a modéstia de lado, a sua imagem atrai que tipo de público?

Vendo o que uso, indico o que curto. Não vendo o que não sou ou não é a minha cara… Ou melhor: não me vendo. Meu foco é no meu público. Faço para ele que me trouxe até aqui junto com a imprensa. Gratidão eterna. Quando faço alguma campanha não penso num público restrito e, sim, no geral. Me agrego sempre a empresas e parceiros de qualidade e credibilidade.

Que tipo de propaganda você não faz?

Puxa! É uma resposta que não consigo detalhar no momento. Mas não faria muuuita coisa mesmo.

Você chegou a um certo status na profissão que lhe permite não fazer certas coisas. O que você não quer ou não aceita fazer?

Não faço o que não acho interessante. Não faço o que não toca minha alma. Não faço nada que não esteja inteira para me dedicar ou estudar a fundo. Não faço pela metade. Não faço nada sem a paixão que me move nos meus trabalhos e negócios. Não faço o que não acredito.

Plástica, botox e preenchimento. Você já fez algum desses procedimentos estéticos?

Me cuido, mas sem neuras. Tem muito aparelho bacana e não invasivo que utilizam hoje. Gosto das novidades. Assim como levo e procuro sempre lançamentos para minha clínica, a Gio Laser, com meus sócios, nesse começo de ano completando 15 unidades no Brasil, com as que estão finalizando as obras.

Por que você nunca aceitou colocar silicone?

Nunca pensei nisso. Sou feliz assim.

Qual seu principal defeito e a principal qualidade?

Ai! Defeito… São tantos. Mas ser muito controladora. Isso me incomoda bem. Quero controlar o universo (risos). A qualidade… Fico com a sinceridade! Que, às vezes, vira um defeito quando passa da medida.

Sua imagem está muito associada com a maternidade. Você aceitaria fazer cenas de nudez hoje em dia?

Provavelmente não. Não curto. Não me sentiria feliz em fazer cenas de nudez.

É verdade que você tentou comprar os direitos para fazer o filme da vida de Hebe Camargo?

Nossa! Apesar de admirar pra caraca a deusa Hebe, isso nunca existiu. Você até me deu uma ideia agora, sabia? Humm (risos).

É nítida a sua admiração e amor pelo (marido e diretor) Léo Nogueira e vocês se preservam muito. Esse é um dos segredos do sucesso do seu relacionamento?

Tentamos, dentro do possível, ter nossa vidinha simples e normal. Do jeito que a gente é e gosta de viver no dia a dia. Até para que as crianças cresçam nessa atmosfera de mundo real. Preservamos nosso amor. E lá em casa criança tem vida de criança. Só assiste a programa de criança com a rotina preservada.

Você tem momentos de tristeza?

Ah! A crueldade do mundo em que estamos vivendo. Maldade humana. Mediocridade. Ver valores tão distorcidos. Tanta gente ignorante. Tapada. Isso é muito triste. Nosso país desgovernado. Tanto imposto pago e o povo sem saúde, crianças sem educação, com todos esses desvios, roubos e corrupção. Revoltante. O que quero de melhor pra mim desejo a todos. Igualdade.

Você parece ter alcançado tudo o que uma pessoa deseja, tanto na profissão, quanto na vida pessoal. O que mais você quer para a sua vida?

Equilíbrio, consciência, saúde e que minha fé continue movendo montanhas e alimentando cada vez mais minha capacidade de sonhar.

Fonte: Leo Dias

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